Largava a mão…e corria como
se atrás de mim corresse uma multidão. Aguardava-me o assento daquela âncora,
côncavo, castanho, áspero, frio e feito para ancorar parte da minha infância. Fiquei
ali gravada para sempre. Avancei, com a certeza de que ali ficaria esperando os
demais que por ali passassem. O pai de mãos atrás das costas, baloiçando
ao sim de cada passo, avançava. Esperava-o à distância de um abraço e arrancava
logo de seguida, para apanhar a outra âncora que seria a última. Uma última
âncora na minha vida.
av
25.02.14
Sem comentários:
Enviar um comentário